A Recife.
Tudo o que vivo
não tem nada a ver comigo
Tudo o que respiro
me mata.
Toda aquela fumaça
começa a me dar náuseas,
vômitos,
pessoas largadas,
pontas de cigarro,
não sei mais o que faço.
O vinho tem cor de sangue,
capitalismo,
e burguesia,
os olhares atravessados
atravessam a avenida.
E os tiros para o alto...
Me desgasto,
e desgasto
a sola do meu sapato.
Não suporto mais as piadas.
As cantadas
mal contadas,
e a canção dos pássaros da noite,
não ouço mais nada.